ABSTRACT
O implante de dispositivos em crianças é acompanhado de uma série de cuidados especiais, que inicia com a indicação adequada, passa por técnicas de implante aprimoradas e se completa pelo acompanhamento e programação específicos para esse grupo de pacientes. Quanto menor é o paciente, maiores são os riscos e mais desafiadoras as técnicas de implante. Apesar disso, é possível o implante dessas próteses mesmo em recém-nascidos. Há alguns anos, crianças de baixo peso eram invariavelmente submetidas à toracotomia para o implante epicárdico, com elevado índice de morbi-mortalidade, mas com melhorias nos eletrodos e dos geradores, atualmente preconizamos o implante endocárdico sempre que possível, e se não há necessidade de correções cirúrgicas adicionais, como no caso das cardiopatias congênitas. Felizmente, a maioria das indicações é relacionada aos marca-passos convencionais que são menores e de implante mais acessível. Aguardamos ansiosamente por eletrodos de menor perfil e geradores de menor volume, além de dispositivos para implante, como introdutores, bainhas e guias especificas para as crianças. Quase sempre somos obrigados a adaptar materiais e técnicas de adultos nas cirurgias de implante em crianças, o que promove um stress adicional quando indicamos...